Além
de criar uma tradição gaúcha, era preciso desenvolver a cultura
rio-grandense. Foi dentro deste espírito que nasceu a Ronda Crioula,
estendendo-se do dia sete ao dia vinte de setembro, aproveitando a
“Semana da Pátria”, e fazendo o “Fogo Simbólico da Pátria” se
transformar em “Chama Crioula”, como símbolo da união indissolúvel do
Rio Grande à Pátria.
Paixão Cortes, um dos líderes do movimento, foi
convidado para montar guarda de gaúchos pilchados em honra ao herói
farrapo David Canabarro, porque seriam trazidos os restos mortais do
herói de Santana do Livramento para Porto Alegre.
Paixão Cortes,
então, reuniu um piquete de oito gaúchos, e no dia cinco de setembro de
1947 prestaram a homenagem a Canabarro. Este piquete é conhecido como
“Grupo dos Oito”, o qual foi a semente que levou à criação do primeiro
CTG rio-grandense.
Em 24 de abril de 1948, começou-se a realizar
conferências, grupos de estudos, já com o CTG constituído em movimento.
As atividades se dariam no auditório da FARSul.
O 43º Congresso
Tradicionalista Gaúcho reconheceu todos os fundadores do 35 CTG como
pioneiros do Tradicionalismo organizado. Paixão Cortes foi o primeiro
patrão de honra e o patrão oficial foi Antônio Cândido da Silva Neto,
sendo Glaucus Saraiva patrão quando da fundação.
Antônio Fagundes
assumiu em 1956 a patronagem do 35 CTG, com apenas 21 anos de idade. O
nome deste Centro de Tradições foi escolhido em homenagem à Revolução
Farroupilha, que teve seu início em 1835. A entidade se destacou pelo
modelo organizativo do desenvolvimento tradicionalista, até porque
outras entidades possivelmente já existissem, mas não para propagar o
Rio Grande do Sul como cultura. Por isso o 35 CTG é considerado o
pioneiro a levar o tradicionalismo do Rio Grande além das fronteiras.
Portanto, a tradição gaúcha dos CTGs se tornou um marco histórico do
século XX no Rio Grande do Sul como a principal cultura do estado.
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